segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O vento da mudança

O Crônicas está mudando. Assim como o autor está mudando também. Normal isso.

Agora o blog será organizado em temas. Será em si um projeto filosófico. Os posts serão mais longos e específicos. Estou há horas tendo idéias no meio dos posts e não conseguindo me fixar nelas. Isso acabou. Os posts vão discorrer interminavelmente sobre as coisas, ou quase isso. O caminho final é juntar tudo e fazer um livro, ou algo assim.

Para posts sobre política, sociedade ou coisas assim vou usar o vamos salvar o mundo.

Não se assuste. Você vai gostar.

O que mais?

Comprei uma pipoca de micro-ondas. Tem umas agora que vêm sem manteiga. Só sal mesmo. A manteiga é gostosa e tudo mais, mas o cheiro que fica na casa inteira é muito xarope. Comprei um bolinho, mas não gostei muito. Próxima vez comprarei um Negresco mesmo. Estou com sede.

O ponto agora é foco. Ou o foco agora é ponto. Prepare-se.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Simples de coração

Por Guilherme de Moraes Alvarez

Então. Pois, bem.

As expectativas de novo. Eu avisei que retomaria o tema para aprofundar as coisas. Os comentários foram absolutamente incríveis (mentira, estou tentando agradar).

Para chegar no que eu realmente quero dizer (inserir poema do Bashô aqui) vamos a uma dialética. Consigo enxergar duas formas de prazer. Na primeira estamos andando tranqüilos pela rua e encontramos uma nota de 100 reais. É incrível! Uau! 100 pila. Vou me entupir de chocolate. Vou tomar Johnny Walker Black. Vou comprar um presente pra minha namorada. Vou me entupir de chocolate. Os eventos não podem ser mais rápidos e sensacionais (cheios de sensações), e agradáveis. Um prazer imenso. Só que isso não acontece todos os dias. Na verdade, quase não acontece. Algumas pessoas dizem que isso não existe.

Na outra estamos andando tranqüilos pela rua e entramos num ótimo restaurante para jantar. A comida é ótima e o preço é razoável. Prazer puro. Muito bem. Se a pessoa tem medo de se decepcionar com o restaurante e nunca vai ao restaurante eu pergunto: ela sofre? Deve sofrer. Se tem medo de ir a um restaurante, não pode ser certa das idéias. É possível ser feliz ao evitar as coisas boas? Não. O objetivo de viver é exatamente o contrário. O que lhe faz feliz, faça-o. Ter expectativas frustradas é tão ruim quanto evitar as expectativas. Não ter expectativas é próximo de não viver.

Existe, é claro, a auto-enganação. A pessoa vai ao restaurante esperando uma comida meramente razoável, quando as chances da comida ser muito boa são muito altas. Certas vezes funciona, mas não é o mesmo que encontrar 100 reais perdidos na calçada. Tenho mais para dizer, mas não tenho mais tempo. Comentários são bem aceitos.

"Esquecemos o que somos: simples de coração."

sábado, 16 de agosto de 2008

Anônimo

Tentem colocar, pelo menos, um pseudônimo quando comentarem. É um bocado frustrante ler um comentário e não ter um nome para pensar: "muito interessante o que o fulaninho disse".

Obrigado.

(é como ler o crônicas e não saber quem escreve, eu acho; a propósito, eu sou Guilherme de Moraes Alvarez, vulgo Jesus, Tartaruga Santa, Guile, Juan Cabron de Melo Neto, Tucano, Explicadinho, Professor, Garçom da Skol, Meligeni, Barba Negra - esse último eu mesmo inventei, mas não pegou)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Fácil, extremamente fácil

A vida é de uma simplicidade que quase sempre ignoramos.

Não quero ser fatalista ou outras coisas parecidas, dizendo que as coisas são porque tem que ser. Longe de mim.

O ser humano, entretanto, quase sempre possui uma qualidade que é, hoje para mim, incrivelmente irritante. Enxergamos conexões em tudo. Na maioria das vezes as conexões que enxergamos não existem. Não representam nada de fato. É por isso que as pessoas se magoam mutuamente, o tempo todo. Ainda tenho que voltar ao papo das frustrações. É verdade. Mas pense nisto primeiro. Se encararmos as coisas pelo que simplesmente demonstram ser, ao invés de estarmos constantemente buscando significados ocultos, quanto sofrimento estaremos negando a nós mesmos?

Não é só isso. Tem mais. Eu estou neste instante me sentindo incrivelmente incapaz de expressar a totalidade desta ideia. Preso pelas palavras.

Se você acha que entendeu, diga ai.

Tenho muito mais a discorrer sobre isso.

sábado, 9 de agosto de 2008

Retificando

Agora que um post já foi comentado e lido eu não vou retificá-lo. Confesso que não expressei tudo que queria, tão bem explicadinho. O comentário é bem próprio. De fato. Os livros contam muito bem a essência que a maioria das pessoas escolhe, muitas vezes por pura ignorância.

O problema é que a maioria dos filósofos coloca as situações como verdades incontestáveis da humanidade. Sou humano e não gosto de ser rotulado. O existencialismo me acalenta porque mostra que temos uma escolha.

Não posso negar que a humanidade anda desinformada. Os outros filósofos já sabiam, claro.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Leituras obrigatórias

Por Guilherme de Moraes Alvarez

Ler sobre a vida, filosofia e estórias profundas sobre como é complicada a relação entre os seres humanos é inevitavelmente chato. Por melhor face que se dê a estória, como no ótimo livro de Kundera (leia), por mais atraente que seja a escrita e maior a vontade de saber como a estória termina, não podemos deixar de nos sentir decepcionados. Por isso que eu prefiro ler Harry Potter.

Estou lendo o último Harry Potter de novo. Em português desta vez (e não consigo deixar de sentir que a coisa toda fica incompleta traduzida, creio que seja falta de talento do tradutor; eu teria traduzido melhor).

Estou quase terminando e a única coisa que sinto é uma grande vontade de continuar lendo. O livro vai terminar e eu não quero que termine. Na primeira vez que li fiquei vários dias deprimido. Me perguntei muito tempo por que eu tinha aquela reação boba. No fundo, eu queria ter um propósito.

Tolice. Se eu quero um propósito eu só preciso escolher um. Sim, mas é mais fácil falar do que fazer. Já escolhi propósitos. O problema é absorver a importância do propósito de forma a fazer com que se torne uma motivação ao invés de um fardo.

Os livros realmente respeitados são tristes porque nos mostram como as pessoas estão constantemente se magoando. Eu não quero o que eles têm pra me mostrar. Eu cansei de pessoas se magoando. O que eu quero é Harry Potter. Famílias que se amam. Pessoas que cuidam de suas vidas sem criar problemas que não existem, sem tentarem impor sua visão aos outros, pessoas que juntam para fazer coisas agradáveis e serem felizes. Pessoas que sentem prazer sem reservas ao se verem. É isso que falta no mundo.

Não posso ser realmente existencialista se me curvo diante da imagem que os melhores livros trazem do mundo e das pessoas. Aquele que escolhe a sua própria essência não se curva quando um livro lhe diz que sua natureza é mentir, mudar de idéia bruscamente e magoar as pessoas. Um existencialista sabe que estão todos errados, sabe que somente ele pode criar sua essência.

A minha essência é ficar feliz com quem eu amo. Ver as pessoas e sorrir. Só isso.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Retroalimentação

Tenho ficado sem escrever. Gostei dos comentários ao último post. Opiniões bem distintas surgiram. Eu tive muito o que pensar. Estamos evoluindo, então.

Estou lendo um pouco mais de Nietzsche.

Antes de continuar com nosso projeto filosófico eu vou pesquisar. Quem estiver suficientemente empolgado pode descobrir como funcionam os Inibidores Seleteivos de Recaptação de Serotonina para entender um dos seus efeitos colaterais: diminuição dos níveis de dopamina. O ideal é descobrir formas não farmacológicas de manipular estes níveis. Mais ideal ainda seria descobrir que mudança na alimentação seria ideal para este propósito. Isso, claro, num plano ideal.

Meu escassíssimo conhecimento de neuromedicina me diz que diminuir os níveis de dopamina deve acentuar o déficit de atenção.

Preciso descobrir como funcionam os receptores pós-sinápticos 5-HT2 e 5-HT3 e como fazer para estimulá-los ou não.

De qualquer forma, eu vou descobrir.

Em breve mais filosofia.