sábado, 29 de março de 2008

quarta-feira, 26 de março de 2008

Atualização

Quer saber como eu me sinto?

Uma merda.

terça-feira, 25 de março de 2008

Do espírito das leis...

Por Guilherme de Moraes Alvarez

Pois bem!

Quem quiser saber de mim, estou longe.

Imagino que as pessoas sempre tem um ponto de mutação (como o daquele escritor, que por um acaso eu não li). Meu ponto de mutação passou e eu ainda sou uma lagarta.

Entretanto, já me culpei demais por isso, já analisei demais também. Agora vou fazer o que eu acredito que é certo. Chega de ouvir todo mundo. Não sei o que eu devia ter feito no ponto de mutação. Pensei estar fazendo a coisa certa e considerei tudo o tempo todo procurando um equilíbrio. Não existe equilíbrio. A Mãe Natureza errou nessa ou eu ainda não entendo a vida muito bem. Quem entende? Não importa. A vida não pode ser explicada caso alguém a entenda. De qualquer forma eu não quero mais brincar.

Sinceramente tenho me decepcionado tanto comigo e com a vida que não sei se vale o esforço. Não sei porque as pessoas se incomodam em seguir em frente. Tanta gente sofre tanto por tão pouco. Posso enumerar até:

1- as pessoas sofrem em vista das condições de vida absurdas que a maioria vive. Por quê elas estão assim? Não é por que (veja que não sei usar perfeitamente os "por quês" e duvido que alguém me convença da importância de saber) não têm vontade de mudar. Imagino que seja porque a reação coletiva às adversidades vença a perseverança pessoal quando ela não é extraordinária.
Vivemos numa sociedade de exclusão e estamos séculos atrás das sociedades civilizadas desse mundo. Devo discorrer mais sobre isso futuramente.

2 - as pessoas sofrem por se sentirem impotentes com ... bem, tudo. Isso é uma consequência de outros sofrimentos, mas é um aspecto importante do todo. O sentimento de impotência é precisamente o aspecto mais desastroso do sofrimento. É o que nos enche de um desespero que tira o fôlego, que escurece a mente. Vencer o sentimento de impotência é a parte mais difícil.

3 - as pessoas sofrem porque são diferentes. As pessoas estão constantemente se decepcionando umas com as outras. Eu sempre tentei esperar o mínimo de todos. O que fosse mais importante. A única falha é que as pessoas esperam coisas diferentes entre si. Eu estou sempre decepcionando alguém. Não foi uma vez, ou duas, nem uma pessoa, ou três. Como viver se se está sozinho? O que esperar da vida se ela consiste de um intervalo de prazer entre cada sofrimento? Não sei.

Ninguém está no mundo para começar de novo. Não existe começar de novo. Não existe equilíbrio. O que existe eu sei. O que pode existir não me interessa.

Sartre era um cara esperto. Pois não sei se ele foi feliz. Pouco importa. Mas ele pensou umas coisas que fazem sentido. Nós somos o que escolhemos fazer de nós mesmos. Nossa existência precede nossa essência. Nossa essência é criação original. Cada um faz a sua. Pelo menos até que se prove o contrário.

Li do Dalai Lama atual que o sofrimento deve ser entendido e que um significado deve ser extraído se quisermos fazer dele um aprendizado para nossas vidas. É uma idéia interessante. Quem sabe a vida fique melhor depois de extraídos todos os significados. Quem sabe isso nos leve a uma essência melhor.

Talvez o mundo seja melhor quando as baratas forem a espécie dominante.

Quem quiser saber de mim, eu não sei. Sei que não há mais lugar para mim aqui. Vou embora.