domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tempo livre

Já há alguns dias desde a última postagem. Portanto uma foto até eu ter mais o que dizer.


É um filhotinho de depósito. Quem quiser cachorrinhos pode me pedir.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

É cultural.

Pois, bem.

Nas minhas horas de reflexão autocontemplativa de merda eu percebi e compartilho aqui uma fundação da análise do comportamento humano e da busca pela paz interior e felicidade, que é o que todo mundo tá a fim.

Precisamos estabelecer quais sentimentos, atitudes e outros estados mentais são culturais e quais são instintivos evolucionários.

Digo isso porque ao tentar me despir de preconceitos e localizar quais sentimentos eram desnecessariamente prejudiciais à minha saúde emocional me deparei com o fato de que devemos aceitar e nos harmonizar com o que é natural de nossa espécie e abandonar o que é meramente cultural, mas que é muito difícil saber quais sensações são instintivas e quais são culturais.

Pense você num bom exemplo desta diferença e da dificuldade de traçá-la. Quando é importante desaprender o que nossos pais e nossa sociedade nos ensinou para que possamos enfrentar os conflitos entre nossos desejos e o que aprendemos como certo e errado, é crucial entender esta distinção.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Objetivo

Como a vida não tem sentido, cada um tem a liberdade de traçar seus objetivos.

Tá, e daí?

Talvez a coisa que eu mais goste de experimentar é compreensão. Compreender é muito bom, e cada vez mais eu compreendo melhor e de forma mais abrangente as pessoas, eu mesmo, e as relações entre as pessoas. Já disse aqui antes que estou tentando montar modelos que possam explicar o comportamento humano, como muitos já tentaram antes. Essencialmente eu pretendo alcançar um ou mais modelos que expliquem comportamentos de massa. Preferencialmente um modelo que explique muitos comportamentos, mas isso é muito mais difícil do que diversos modelos complementares. Quanto mais eles explicarem no âmbito individual, melhor, mas eu não considero possível.

Qualquer um pode fazer isso.

Sim, e eu creio que todo mundo faz. Eu levo isso à sério, entretanto, porque me proporciona o prazer indescritível da compreensão. O que meus modelos, depois de prontos, se um dia ficarem prontos, terão de diferente é que eles serão testados. Estabelecida uma teoria, ela deverá gerar uma previsão de algo que poderá ser observado. Sendo tal coisa observada de fato posteriormente, a teoria se confirma. Compreensão. Passa-se a enxergar tudo com mais clareza, como se uma janela fosse aberta iluminando uma sala escura.

Há um efeito colateral, entretanto. Quanto mais se compreende, mais tudo fica distante e irrelevante. É um vício como outro qualquer.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Como deve ser a Formula 1/ saving F1

Em inglês e português.

F1 bosses, I've had the most interesting idea. I'll go straight to it.

To end the criticism and my personal growing disappointment for the cotegory, and frankly to save it, the drivers must be dettached from the teams. The two championships must be completely separated. It must be done in a way that every driver gets roughly the same chances as every other driver. The drivers should come into F1 from being champions in the access categories. Every two or so years the bottom 4 drivers should be exchanged by the top four from access categories.

How to do that, you ask.

Considering the current state of things there should be 20 races a year, plus testing and such, which is the only part I have not figured completely. There have to be exactly 10 teams, two cars each. The cars must be able to fit any driver with little modification, which shouldn't be so difficult to achieve. Then the key factor comes in. Every pair of drivers drives twice for each team, preferably in two distant moments of the year, so that team development doesn't disturb driver performance so much. Thus the drivers will be measured by their capabilities as drivers in every aspect and at every conceivable fortunes and misfortunes carwise. This isn't a magical solution. Some drivers will have better luck in driving for teams on the rise, but it won't be predictable as it is today, when the champion can mostly be sorted from two to four drivers every season, most times two.

Drivers will get paid by prize and personal sponsors. Teams as well. Pay drivers thus will come to an end, eliminating one of the greatest frustrations of fans worldwide. Drivers will come and stay mostly by their results alone, and teams will have the opportunity of friday testing with every driver on the grid. Teams will then be pure teams and drivers will be pure drivers, each winning or losing by their own skill and talent and capability of working well in any condition, driverwise for teams and teamwise for drivers.

Overall I think this can save the sport. Why not try?

Tô com preguiça de escrever em português.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

A liberdade é o silêncio.

Será que a felicidade é a ignorância? Será importante que saibamos tudo que teoricamente nos interessa? O que realmente interessa?

Creio que há uma limitação gigantesca ao alcance da felicidade nos valores que aprendemos a aceitar como verdadeiros. Eu me pergunto quanto nossos pais e a sociedade em geral estragaram nossas vidas nos ensinando o que é certo e errado. Quanto o exemplo da vida dos adultos destruiu nossa capacidade de alcançar a felicidade? Se você pensar bem, verá que todos os conceitos da nossa vida servem ao propósito de nos encarcerar. São limitações que nos impedem. É triste.

O problema é que se libertar destas limitações é uma tarefa impossível, ou quase. Quando eu penso eu sinto que os valores estão impressos em mim. Qualquer um pode sentir o peso dos preconceitos nos seus atos e pensamentos. É implacável. Eu, por exemplo, sinto desprezo por mim mesmo quando as reações surgem em mim para coisas irrelevantes que não fariam diferença na minha vida se eu não soubesse. Se libertar disso é uma necessidade e um objetivo. Se eu não conseguir, não muito mais restará além da prisão dos conceitos. Fazer apenas o que é certo. Talvez eu enlouqueça.

Tá, e daí?

É importante que nos aproximemos todos. Todas as pessoas. Somos todos ilhas. A solidão é a única consequência possível porque estamos atrás das palavras. Para além dos muros e das grades temos as normas e a moral, que são vastos labirintos com quem amamos na outra ponta. Sugiro que sempre que algum fato causar incomodação se pense em como seria a vida sem se saber desse fato. É um exercício difícil e não garante que vamos nos libertar das impressões da moral e de como nossos pais e avós e nossos modelos e exemplos e os filmes e as novelas f*deram com a nossa vida. Talvez não seja possível. Talvez estejamos muito velhos para nos libertarmos. Enquanto isso nos aproximemos.

A letra H é uma cerca.

Algumas vezes eu me pergunto o quanto estamos em contato uns com os outros.


Meu professor de filosofia na faculdade (o incrível Jaime) em uma aula disse que a quantidade de informações que nunca escapam nossa mente é muito grande e que as palavras são meras sombras do que queremos expressar, sempre incompletas. Isso não é uma novidade.

A conclusão inevitável é que estamos inexoravelmente sós dentro de nossas mentes. Somos computadores sem tela. As artes seriam formas de expressão visando expandir nossa compreensão uns dos outros, mas pouquíssimas pessoas dão a minima atenção a quaisquer coisas que não sejam filmes pop de Hollywood que sinceramente já perdi a paciência de assistir. Talvez seja essa a magia dos reality shows. Observamos experimentos em outros seres humanos para tentar compreendermos-nos melhor. Talvez sim, talvez não.

Será a solidão que nos assola por nossa incapacidade de comunicação a razão principal de todos os nossos problemas? Não. É o que pensamos quando nos deparamos com uma limitação frustrante: que é a origem de todos os problemas. Eu acredito que seja a origem do consumo de drogas, entretanto.

A solidão é a consequência do pensamento. Estamos sós dentro de nós mesmos. Talvez se pudéssemos nos comunicar telepaticamente simplesmente mostrar nossos pensamentos uns para os outros logo nos tornássemos um só. Sem solidão pois um só sabe tudo que há em si. As palavras que são nossa prisão não mais existiriam.

O que nos faz diferentes é o que nos faz miseráveis. É por isso que escrevo.