sábado, 4 de fevereiro de 2012

A letra H é uma cerca.

Algumas vezes eu me pergunto o quanto estamos em contato uns com os outros.


Meu professor de filosofia na faculdade (o incrível Jaime) em uma aula disse que a quantidade de informações que nunca escapam nossa mente é muito grande e que as palavras são meras sombras do que queremos expressar, sempre incompletas. Isso não é uma novidade.

A conclusão inevitável é que estamos inexoravelmente sós dentro de nossas mentes. Somos computadores sem tela. As artes seriam formas de expressão visando expandir nossa compreensão uns dos outros, mas pouquíssimas pessoas dão a minima atenção a quaisquer coisas que não sejam filmes pop de Hollywood que sinceramente já perdi a paciência de assistir. Talvez seja essa a magia dos reality shows. Observamos experimentos em outros seres humanos para tentar compreendermos-nos melhor. Talvez sim, talvez não.

Será a solidão que nos assola por nossa incapacidade de comunicação a razão principal de todos os nossos problemas? Não. É o que pensamos quando nos deparamos com uma limitação frustrante: que é a origem de todos os problemas. Eu acredito que seja a origem do consumo de drogas, entretanto.

A solidão é a consequência do pensamento. Estamos sós dentro de nós mesmos. Talvez se pudéssemos nos comunicar telepaticamente simplesmente mostrar nossos pensamentos uns para os outros logo nos tornássemos um só. Sem solidão pois um só sabe tudo que há em si. As palavras que são nossa prisão não mais existiriam.

O que nos faz diferentes é o que nos faz miseráveis. É por isso que escrevo.

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