segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Setembro de 2004

terça-feira, 21 de setembro de 2004

A história da pedrinha sem graça que...
Por Felipe Tramasoli

Eu estava pensando em contar uma história, mas não sei bem como começar. Deixe-me ver... Sobre o que? Aquele velho tema: o ciúme. Eu pensei em começar com "Era uma vez...", mas me parece muito comum. Bom, pode ser que venha a calhar. É a história de uma pedra feia e comum que tem inveja do Sol e quer apagá-lo. Simples, não? Hmm... Acaba de me ocorrer: ela - a pedra - poderia 'viver' na cidade. Todos a chutavam, ninguém notava sua presença. Ela era infeliz, muito infeliz, e passava seu tempo cuidando da vida dos outros, já que a sua era triste. Bom, estamos progredindo, muito bom aliás. Só me falta um final. Já sei. Agora o título... que tal: A história da pedrinha sem graça que queria apagar o Sol? Pronto, deixe-me ver como ficaria...

A história da pedrinha sem graça que queria apagar o Sol

"Era uma vez uma pedra cinza, sem alegria, quase sem vida, que morava na cidade. Nunca ninguém a notou. Sempre foi chutada contra paredes e arremessada contra vidraças por crianças. Ela era uma pedra muito infeliz, e por ter uma vida triste, preferia cuidar a vida dos outros do que da sua. Falava coisas para outras pedras, fazia intrigas e desfazia amores e amizades. Porém, seu maior objetivo era destruir o ser de maior brilho: o Sol. Ela pensava e pensava, mas nunca lhe ocorreu idéia alguma. A pedra ficava cada vez mais furiosa e descontava nos outros toda sua raiva. Coitada, era só uma pedra sem graça, ela queria atenção para si, e se julgava superior. Mas mal sabia ela que humildade nunca fez mal a ninguém. Como já dizia o sábio: tudo o que sei é que nada sei. Mas a pedra não desistiu e uma certa noite enquanto pensava (pedra pensa?) viu uma estrela cadente passar sobre os prédios iluminados da cidade e sem pestanejar, desejou: quero que o brilho do sol acabe. Segundos depois tudo escureceu. O Sol perdeu seu brilho, e a Lua já não mais o refletia. A pedra se viu na escuridão total e entrou em desespero. Como alguém a poderia ver agora? Todo seu esforço tinha sido em vão (eu disse que pedra não pensava). Então, sua vida ficou totalmente sem sentido. Ela saiu rolando desesperada e como não podia ver, caiu no esgoto, e morreu afogada. Sem o brilho do sol para iluminá-la, ela ficou definitivamente invisível."


envie este texto para um amigo


segunda-feira, 20 de setembro de 2004

20 de setembro e todos os dias
Por Felipe Tramasoli

Há 169 anos atrás, os farroupilhas tomavam Porto Alegre, obrigando o presidente da província, Fernandes Braga, a fugir para Rio Grande...
Bom, pra quem não sabe, de 14 à 20 de setembro é comemorada no Rio Grande do Sul a semana Farroupilha, e dia 20 de setembro é feriado, dia dos farrapos. Foi nesse dia que começou efetivamente a reinvindicação por direitos, e numa época de eleições, não vejo melhor tema do que este. Ao contrário do que muitos pensam, a guerra dos farrapos não teve como motivo principal a separação do Rio Grande Sul, e sim outros motivos como a taxação sobre o charque. Foi no ápice da adrenalina que Bento Gonçalves proclamou a República Rio Grandense. Mas hoje, a idéia de separatismo, reflexo desse ato quase que involuntário de Bento Gonçalves, agrada a muitos gaúchos e gaúchas - e eu me incluo nessa porcentagem, mas não entre os radicais. O fator goegráfico, nossa proximidade com os 'hermanos', nosso passado, nossos costumes, nos deram uma identidade totalmente diferente do resto do Brasil. Vejam bem, eu não estou defendendo o separatismo, estou apenas comentando. Considerando a cultura, nós somos muito mais argentinos, uruguaios e paraguaios, do que brasileiros. Porém os anos e anos como brasileiros não nos tornaram nem um nem outro. Poderíamos dizer que somos o meio termo. O fato de termos uma identidade nossa, exclusiva, sempre vai deixar evidente nossas diferenças perantes os outros. Não em questão de sermos melhores ou piores, apenas diferentes. Mesmo que o Rio Grande do Sul, no mapa político, não esteja separado do resto do Brasil, eu sei e vejo, e muita gente também, que nós estamos, sim, separados do resto do mundo. Por mais que os motivos que levaram os grandes coronéis da época a começar a revolução sejam totalmente egoístas, o jeito como os fatos tornaram-se história deixaram um eterno sentimento de amor por nossa terra. Não importa se eles queriam ou não o bem próprio, pois hoje, graças as atitudes deles, sejam boas ou ruins - visto que tudo é relativo -, nós temos orgulho. Nós temos respeito. Nós amamos nossa eterna querência.


envie este texto para um amigo


sexta-feira, 17 de setembro de 2004

Quem Controla Quem?
Por Patrick Melo

Eis que tenho em mãos o controle remoto, nossa, posso controlar tudo daqui!!!
Que maravilha esta peça tecnológica que nos oferecem. É por isso que eu adoro a ciência!!!
Ouvi dizer que vão clonar pessoas, elas também vão vir com controle remoto? Tipo aquele que o Bush usa?
O que? Ele não tem controle remoto? Então como ele faz aquilo?
Uau! Eles tem tecla SAP! Mesmo assim continuo sem entender o que querem dizer.
Quando é que vão mandar o manual? O quê? Não tem manual? Tem? Hum... Mas é em inglês?!?! Droga!
Não sei nada de inglês! Que horas vai ser... olha, tenho que desligar, vai começar o horário político e depois tem aquela novela que eu adoro.


envie este texto para um amigo




Bola na vidraça dos outros é refresco!
Por Felipe Tramasoli

Às vezes eu fico me perguntando: da onde certas pessoas tiram resposta pra tudo?
É meio que esquisito, engraçado e um pouco de tudo. É igual à frase de caminhão: tem uma pra cada caso e/ou pessoa. Por exemplo: elevador lotado, típico lugar propício para que 'acidentes fisiológicos' ocorram. E acontecem. Na tentativa de se safar - e já assinando a declaração de culpado - sempre o dito cujo diz: "hmmm, que cheiro é esse?". Ou quando alguém pega o seu pedaço de bolo: "bolo, que bolo?". Ou quando alguém quer a sua bata frita: "Ei, fulano, olha lá, está paquerando sua namorada! - Onde?". Tem também a típica desculpa dos irmãos mais velhos, que quebram e destroçam tudo e todos e apontam para o irmão mais novo. Coitado. Isso ocorre até mesmo entre os animais, quando o bichinho de estimação mais querido da família - geralmente o gato - sempre se safa das acusões, deixando-as para o pobre coitado da família - geralmente o cão, acho que por ter uma cara de abobado. Mas, a campeã de todas com certeza é a do menino jogando bola. Sempre tem aquele guri que joga bola no meio da rua, e como tem aquela certa lei de Murphy que diz que 'se uma coisa tem chance de dar errado, dará'... E sempre tem aquela desculpa básica: "Mas eu não chutei a bola na vidraça, ela que se atravessou na frente!"... Crianças, tsc tsc...


envie este texto para um amigo


quinta-feira, 16 de setembro de 2004

Talvez eu fosse fútil.
Por Guilherme Alvarez


Não sei onde andei com a cabeça por dezoito anos. Vendo televisão ou fazendo alguma besteira para meus pais me repreenderem. Não sei. Eu gosto de periodos curtos como o Felipe. Talvez eu tenha lido muito Érico Veríssimo. Não vejo mais televisão, isto é certo. A internet tem boa parte do que preciso. Parei com os salgadinhos também, mas isto foi há vários anos.
O que sei é que muitas pessoas passam por grandes necessidades e eu não me vejo em condições de ajudar. As que precisam de dinheiro eu realmente não posso. No entanto, as que precisam de boas idéias eu tento ajudar todos os dias. Mas boas idéias são difíceis de criar. Eu passo algum tempo pensando em uma aluna da minha mãe que é cega desde a infância. Ela faz as provas em braile. Soube eu que ela não tem muitas oportunidades de leitura. Na verdade ela não tem oportunidades de leitura. Fiquei extremamente triste por ela. Não consigo imaginar uma vida sem leitura. Sem livros, sem artigos, revistas, jornais, qualquer coisa, é impossível viver bem. Sofro todos os dias por esta situação, e por muitas outras dificuldades desta garotinha.
Eu tive, recentemente uma idéia de como ajudá-la. Estarei trabalhando nesta idéia na próxima semana. Espero que eu posso fazer algo. Eu realmente tenho que fazer algo.


envie este texto para um amigo




Poeta Prosaico
Por Guilherme Alvarez

Poeta prosaico
Não rima
Não tem métrica
Não sabe o que quer
Não faz soneto
Não faz cai cai
Não vem nem vai
Não é emprego
Não serve em colher
De nada é réplica
Não rima
Poeta prosaico


envie este texto para um amigo


terça-feira, 14 de setembro de 2004

Mais uma 'poesia' sem nexo.
Por Felipe Tramasoli

Hoje tive mais uma tentativa frustrada de entender e compreender o que se passa na cabeça de certos indíviduos. Todo mundo conhece aqueles seres que se julgam superiores de uma maneira ou de outra. Talvez eu esteja agindo como um agora, mas tenho que tomar uma posição para escrever.
Existem aquelas pessoas que para a infelicidade da maioria e para a satisfação de seu ego, agem como se fosses os únicos seres pensantes, ou melhor, os únicos seres merecedores de alguma coisa. Por exemplo: na minha aula assumiu o comando da matéria de Biologia I uma estagiária. Não me recordo o nome dela, mas posso afirmar que é uma pessoa muito amável. Ela, como qualquer outro estagiário da cidade gostaria, escolheu o CTI, por ter na teoria os alunos mais inteligentes (devido ao teste) e mais maduros (devido ao tratamento quase que universitário). Mas, ela não esperava que se depararia com estes seres. Abomináveis. Na busca de aprimoramento, para exercer a sofrida função de educadora, a pobre coitada se depara com garotões de 16 anos com tele-encefálo nada desenvolvido e um polegar opositor - quem viu o documentário 'a ilha das flores' sabe do que eu estou falando - fazendo gracinhas durante a aula, mesmo quando percebem que a estagiária está na frente de todas essas 'pessoas' - que são capazes de rir da palavra 'explanação' - a ponto de desabar emocionalmente. Não posso acusá-los de não ter coração, é muito piegas, mas posso deduzir que a atividade cerebral deles é muito abaixo do normal, pelo menos para 'garotos de 16 anos'. Chega a ser uma piada.
Outra coisa que não entendo, são aquelas pessoas que gostam de falar mal dos outros pelas costas, e ainda têm a coragem de dar oi - ou melhor, cinismo. Mas de longe, o pior de tudo, absolutamente, é a fusão destas duas criaturas. Imagine uma criatura com um tele-encefálo nada desenvolvido, polegar opositor e cínica?
Então chegamos na nossa cobaia. Para esses... só tenho uma dica:
Quem desdenha quer comprar.


envie este texto para um amigo


domingo, 12 de setembro de 2004


Por Guilherme Alvarez

Perfeição!
Inalcançável
Invejável
Tentação.

Como posso
Com tanto cuidado
Cair enrascado
Neste troço?


envie este texto para um amigo


terça-feira, 7 de setembro de 2004

Olá mundo!
Por Guilherme Alvarez

Eu sei que não fui o colaborador mais acíduo do crônicas, mas foi que estive um tanto ocupado. Agora que tenho mais tempo, procurarei expor o que há para se expor aqui. Meus nobríssimos colegas, Paty, Merengue e Preto, exprimem a atualíssima filosofia prática, racional ou empírica (se for possível haver filosofia empírica). Sinto-me, por tanto, sumamente compelido a prover o melhor que posso para equiparar-me às suas crônicas e saudades. Deixo claro também que trago novos pontos de vista. Posicionar-me-ei como convier, mas geralmente serei racional puro (dentro dos limites de minha capacidade, jamais serei como Kant), mas darei minhas posições práticas também, e talvez alguns exemplos ou narrativas fictícias. Mas não adrentemos no que será ou não feito. O futuro está sempre em movimento. Desejo apresentar-me. Uma vez feito, deixo para mais tarde o início efetivo de minha participação. Deixo abraços. Desejo-me sorte.


envie este texto para um amigo


segunda-feira, 6 de setembro de 2004

Começar de Novo
Por Felipe Tramasoli

Sim, voltamos! E já 'roubei emprestado' o título da novela. Não, eu não vejo novela, mas espero que ninguém se ofenda. Depois de meses fora de contato com o blog, cá estamos nós de novo. Eu e o Patrick estamos com ADSL, então agora ficou mais fácil atualizar o site, já que eu tenho compromisso em algumas manhãs e estudo de tarde, e o Patrick estuda de manhã e trabalha de tarde. Quanto ao Diego, um de nós pode muito bem se encaregar de atualizar pra ele. Voltamos! Sim, e digo mais: voltamos pra ficar...

Nenhum comentário: