segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Fevereiro de 2004 (originais do antigo Crônicas)

sábado, 28 de fevereiro de 2004

Dizer é apenas dizer.. quando não há ninguém para entender...

Palavras são só palavras.. quando não olhamos e enxergamos o coração.. de quem amamos
Olhar é só um olhar.. quando não percebemos no íntimo de uma íris o brilho de uma paixão
Beijo é só um beijo ... quando não tocamos a alma.. da pessoa de quem esperamos a reciprocidade
Abraço é somente um abraço.. quando não sentimos o calor.. da batida acelerada de um amor.. inabalável!


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Um dia foi a Triste Verdade...

Espirituosidade.. que procura uma paixão.. transcende o vazio da alma que o sentimento espatifado entre os dedos.. faz sentir a dor do fim... e perante os olhos a prova da negação do questionamento que até hoje.. martela no inconsciente desses olhos castanhos.. que mesmo marejados enxergam dentro de si mesmo.. e vêem a podridão pura e simples .. da tristeza corroendo seus pensamentos e destruindo suas esperanças.. que a muito tempo se transformaram em distância!


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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004

"Will you love me tomorrow? Will you stay with me today?" (P.O.D. - Will You)

Até que ponto a gente agüenta?.. Não, sério, não tô brincando. Até que ponto nós somos capazes de suportar a perda? Mas não a perda de uma coisa qualquer. A perda de algo que nem ao menos temos, mas é dado como nosso? Em algum dos meus textos anteriores, eu mencionei o fato de ter apostado alto em algo, comparando ao poker. Pois é, perdi. E todos ao meu redor, blefaram e, eu idiota, acreditei. Honestamente acreditei, naquilo que para a maioria é um privilégio de poucos. Pensei ter achado a pessoa ideal para mim, mas no fim das contas, não. Na hora, me senti como se tivesse sido jogado de um precipicio, pois o tombo foi enorme. Meu queixo, meu coração, minh'alma foram parar no chão. Desculpa dizer-te isto, mas preferia não ter te conhecido, pois agora não sai da minha cabeça. Te peço, encarecidamente, pela paz de minha alma, já esfoliada de outros tombos, esquece. Graças a ti, descobri o significado da atribuição desse sentimento ao coração. Realmente, senti apertar. Sangrou quando disseste não. Está certo que tu não usastes essa palavras, mas no fim das contas, dava no mesmo. Sangrou quando me vi chorar. Também não chorei, pelo menos não por fora, mas por dentro. Sangrou. Sangrou e o coração não parou de derramar lágrimas de sangue. As senti atravessando meu corpo, tal qual uma lâmina. Aos poucos me fizestes em pedaços. Pode não ter sido tua intenção, mas fizestes. É certo que um dia superarei, espero... Mas saiba, que não te esquecerei, quando cicatrizarem as feridas que ficaram espalhadas por todo meu corpo, as verei como troféu, pelo menos por agora, pois sobrevivi.


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terça-feira, 24 de fevereiro de 2004

"Oh abre alas, que eu quero passar..."

Carnaval... Brasileiro é fogo mesmo. Faz festa por qualquer coisa. Não sei dizer se por alegria ou por sem-vergonhice. Quem se arrisca aí? O problema é que ninguém percebe. Pelo menos a maioria. Será se eles não percebem o lado ruim das coisas? Realmente, não há mal nenhum em comemorar, mas nem todo mundo é obrigado a aturar. Algumas pessoas trabalham, para manter suas famílias com míseros R$ 200, se é que isso seja possível. As únicas coisas que realmente aumentam no carnaval são o consumo de álcool, que leva a recordes em números de acidentes nas estradas, brigas, etc, e o aumento da população. Aposto que a maioria dos brasileiros nasceram entrem final de Outubro e ínicio de Dezembro, fora os pré-maturos. Não estou assumindo uma posição contra o carnaval, muito pelo contrário, estou tentando contribuir para a melhoria do mesmo. Não só o carnaval, mas muitas coisas no Brasil contém aspectos errôneos. Porém, em particular, o Carnaval é acobertado, afinal de contas, é muito dinheiro que gira em torno deste evento, com o turismo, transmissão, propaganda, ainda mais por ser no Rio de Janeiro. Às vezes é bom olharmos pros lados também, e não só pra determinada área.


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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2004

"Façam suas apostas!"

Crise existencial. Tá aí uma coisa que mais cedo ou mais tarde, creio eu, todo mundo passa. Será? Tomara. Outra coisa, é a dúvida. A Dúvida vem sempre disfarçada, metida. A maioria dos problemas que temos, são culpa da Dúvida. Mas isso é só reflexo da nossa ignorância. Como já diziam: "O verdadeiro sábio, é aquele que sabe que não sabe nada", ou coisa assim. Às vezes, a Dúvida, é sobre que direção seguir. Às vezes, a Dúvida, é a incerteza. Mas é sempre a Dúvida. Não importa. Agora a Dúvida, é se vai valer a pena. Às vezes, a visão que eu tenho da vida, é que nem o pôquer. Quando se aposta alto, o prêmio é excelente, mas ai de quem perder. Uns blefam, na vida, muitos blefam. Eu conheço muitos. Eu, no momento, apostei muito. Tudo o que tenho. Se eu perder, que dó de mim. Mas se eu ganhar...


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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004

"Manda quem pode, obedece quem precisa..."

Quisera ter escolha, mas não tenho
Talvez mesmo se a tivesse, escolheria você
É mais uma resposta que só o tempo pode me dar
Doa a quem doer
É impossivel prevermos o futuro
Tanto quanto a quem amar
É simples: simplesmente vem
Temos que nos conformar
A vida é assim mesmo
Cheia de surpresas
Feliz é quem aceita
Triste sou eu
Talvez triste seja minha condição
Tão perto e tão longe de ti
Sucumbindo aos poucos a teus encantos
Que me pegaram no ar
Ah meu Deus! Se é que existes
Por que fazes isso comigo?
Lhe pedi abrigo e ganho isso
Um amor?


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bom, o post a seguir não pertence a mim, e nem ao outro componente do blog, mas sim a um amigo nosso.
Aí vai. espero que gostem assim como nos gostamos.

"VIVER É MORRER"

Pudera enfim, sorridente lápida,
abrir os teus braços à mim
não serás está uma passagem rápida,
mas um destino sem fim
Os anos agora já não me importam,
causam apenas uma vaga saudade
Meu mundo e a realidade já não se chocam,
agora gozarei da liberdade
O medo já não me surpreende,
a fome já não me escraviza
Agora eu sinto o que tu não entendes,
pois a morte me imortaliza.

Mifael Guimarães Moraes


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sábado, 14 de fevereiro de 2004

"O Caso da Barba"

De vez em quando machucava. Pareciam mais espinhos do que pêlos. Mas Jorge estava certo do que fazer. Aquela barba já estava começando a tornar-se nociva à si, tanto quanto o sistema que ele tão bravamente luta para derrubar. Jorge não é uma pessoa comum, e sim mais um desses líderes natos. Ele move multidões contra grandes fábricas, mobiliza sindicatos e tudo mais o que acha certo. Porém pra ele, hoje ´não é mais um dia qualquer, é o dia que ele vai comandar um protesto em frente ao Mc "alguma coisa", que monopoliza os fast-foods. Hoje bem cedo, acordou e fez a barba. Que alívio! Parecia ter sido libertado da prisão, o sentimento era o mesmo, só que para com as buchechas. Hoje, ele pressentia que o dia seria especial.

No horário combinado, 11h da manhã a campainha tocou. Era sua namorada, tão idealista quanto ele. Corpo de violão, esbelta, lindíssima. Quando Jorge abre a porta, Joana se depara com Jorge, sem barba.

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! Meu Deus! O que fizeram com você?

- O quê? Não fizeram nada meu amor, diz Jorge se aproximando de Joana.

- Sai daqui! Me solta! Você não é o Jorge que eu conheço. Cadê sua barba? Sai, sai.

- Eu a fiz! Já estava me encomodando há um tempo.

- Sai, me solta. O QUÊ!? Você não devia ter feito isso! Eu sempre te disse que sua essência estava na barba que você ostentava...

- Sim, mas é só barba. E estava me encomodando.

- Hmpf! Mas é típico! "E estava ME encomodando"... Homens, todos iguais. Egocêntricos! Chega, cansei disso! Acabou Jorge. E vá VOCÊ PARA A PU... Só ouviu-se o barulho da porta fechando na cara de Joana. Tudo bem, reclamar da barba sim, mas meter a mãe no meio é sacanagem!

Tudo bem. Decidido a esquecer o ocorrido de manhã, Jorge dirigi-se ao 'comitê', onde se encontraria com seus amigos de protesto. Chegando lá, fez como o de costume. Entrou, dirigiu-se diretamente para sua mesa, sentou-se, e começou a redigir seu discurso... Tempo depois, "espetacular". Foi como descreveu o texto. Quando saia, vários homens, todos de barba, estão chegando. Feliz pelo que escreveu, dirige-se ao seus amigos para antecipar o discurso, buscando aprovação. Porém é abordado pelos mesmos como um intruso.

- Mas o quê você está fazendo aqui? Este local é nosso comitê!

- Ei, pessoal, sou eu, Jorge.

- Haha! Não tente me enganar, nosso amigo Jorge é bem diferente de você!

- QUÊ? Jorge fica totalmente disatinado. Mas como? Eu só fiz a barba pessoal!

- A-ha! Ele se entregou! O Jorge nunca que faria a barba e além do ma... Espera aí... O que é isto na sua mão?

- O meu discurso, que eu estava redigindo para hoje à noite! Lembram-se!?

- Meu Deus! Agora eu entendi tudo! - 'aleluia' retruca Jorge - Você é um espião mandado pelo Mc "alguma coisa" ! Peguem ele rapazes!

- O quê?! Não pessoal, eu sou o Jor... antes que pudesse completar seu próprio nome, Jorge dá um jeito de escapar dali, com o discurso na mão.


Que dia louco! Quem diria que seria assim? Mas o que eu fiz de diferente hoje? Por quê isso!? Jorge não tinha tempo para entender, ele só tinha tempo de ir até o Mc "alguma coisa" e fazer o discuros.

Está lá. Mc "alguma coisa". As pessoas na frente, reunidas, pelo objetivo de lutar contra o monopolismo. Direitos iguais. Todos esses motivos impulsionam as pernas de Jorge, antes paralizadas. Passo a passo ele se dirige ao palanque. Mas no meio do caminho alguém aparece na sua frente.

- Então, você trouxe o 'pacote'?

- O quê?

- O pacote? Você trouxe? enquanto falava, este ser estranho agia de forma estranha, parecia não querer ser notado, mas tudo que fazia o destacava mais.

- Pacote? deve ser louco, penso Jorge.

- É "O" pacote! quando Jorge levantou os braços, gesticulando que não entendera, o homem abre um sorriso. É este? e lhe arranca o discurso da mão. Na mesma hora, os seus 'amigos' e sua EX-namorada aparecem e presenciam tudo.

- Olha ali pessoal! Chegamos tarde! O espião já entregou o discurso do Jorge! E agora? diz o amigo.

- Meu Deus! Esse aí é o Jorge rapazes! Ele fez a barba hoje cedo! Foi por isso então Jorge? Você passou para o lado do inimigo? Não acredito! Maldito egocêntrico!

- O quê? Não! Eu nunca faria isso! Eu vim aqui e ... antes que pudesse completar a frase, Jorge levou um soco bem dado no meio da cara. Sabe como é, para começar uma briga é só alguém dar o primeiro punho. Quando a multidão viu aquilo, saiu em direção da briga. Tinha amigo batendo em amigo. Mãe batendo em filho. Genro batendo na sogra...

No final da confusão, os que tinham barba foram interrogados.
Os que não tinham barba, presos.
Por isso, pense muito bem antes de fazer a barba!




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"Empurra que o trem anda!"

Bom, é sempre difícil para mim começar. Sempre que me vem a cabeça idéias para escrever, eu páro na primeira linha. Mas a tudo dá-se um jeito. Acha-se uma saída. Até mesmo para as coisas que nós vivenciamos. É tudo parte de um jogo, onde quem chega ao fim são os que ouvem, e vence aquele que escuta. Mas é um jogo difícil. Muitos se perdem pelo caminho. Tanto é, que já começa desse jeito. Primeiro a classificação, a "corrida até o óvulo". Só aí deixamos milhões pra trás. Depois de 9 meses de aperfeiçoamento, nos classificamos. Estamos prontos para o treinamento, a "infância". Essa época é a mais significativa. Tudo que se aprende, vivencia, escuta, faz ou se diz reflete na próxima etapa. É mais ou menos como o alicerce da nossa existência. Uma base mal construida é futuro comprometido. Traumas, medos, amores, decepções. Definirão a próxima prova, a "adolescência". Na adolescência, mas a adolescência mesmo, não aquelas crianças de 12, 13 anos que se acham responsáveis o suficiente para atravessar a rua sozinhos, mas a verdadeira adolescência, final dos 15, ínicio dos 16, quando as palavras começam a ter peso. É aí que outra grande parte se vai. Nessa época nós começamos a perceber quão significativas são as nossas ações. Então, dependendo da preparação que tivemos na infância, uns recorrem aos seus treinadores, o que nessa faze terá efeito, outros vencem os obstáculos e a maioria simplesmente foge ou desiste. Essa é a fase em que eu empaquei. Sim, feito uma mula. Mas não me apressem, e nem apressem a si mesmos. É a fase dos testes. Experimentem o doce gosto da vitória, porém somente de vez em quando. Sintam, ou melhor, abusem do gosto da derrota. Sinta-o correr por suas veias, no ar, no espelho. É ele que vai te provar. Nós só aprendemos com os nossos próprios erros. São eles que vão nos ensinar, e não nosso pais, nossos amigos, nossos irmãos ou quem quer que seja. Não peça pra que alguém o resolva, se você não pode resolver pelo menos tenha um pouco de dignidade e aprenda a conviver com isso. Dignidade lhe será útil na próxima fase, a "vida".


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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2004

Saudades ...

Bom, como visto vou ser o encarregado das "saudades", enquanto meus amigos, das "crônicas" propriamente ditas. Logo vai haver uma palinha do que vocês vão encontrar de agora em diante no nosso blog! Espero que gostem... critiquem e compartilhem conosco... sensações!

" Afagando seu corpo num mar obscuro das chamas.. do nosso próprio subsolo.. onde a luz no fim do túnel.. reflete .. o sol.. instituído .. no íntimo.. da sua íris e na imensidão da obscenidade que se segue... vê-se apenas rastros da perpétua escuridão! "

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