segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Janeiro de 2004 (original do antigo Crônicas)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2004

"É isso e ponto final."

Andei recebendo alguns elogios quanto ao conteúdo do blog. Desde já agradeço. Porém, recebi críticas... construtivas é claro. Porém uma me chamou a antenção em especial. Reclamaram diretamente à minha pessoa e indiretamente também sobre a minha pontuação. "Tu usa ponto final demais!", "Você já contou quantos pontos você põe?". Bom, só posso dizer que esta é a minha maneira de escrever, fico feliz pelas notificações, o que me leva a crer que o meu jeito é bem pessoal. Original. "Se eu errar a letra eu invento outra coisa e digo que é arte". Foi isso que o Mark do Blink182 disse pra Mtv em uma entrevista. É assim que eu encaro os pontos. É arte. E como artista que sou, sou livre para criar. Talvez eu tenha que explicar melhor. Talvez nem todos tenham a mesma visão sobre o 'ponto final' que eu tenho. A melhor ferramenta do português. Se não fosse por ele, como terminariamos a frase sem indagar ou exclamar? Onde estaria a educação? Sim, pois nunca parariamos, e sabe como dizem por aí: quando um burro fala, o outro abaixa as orelhas. A não ser que gritássemos! Ou quem sabe, respondendo o outra pergunta, né? Mas aí, que sentido teriam nossas conversas? Nenhum! É muito estressante acabar um namoro, uma amizade, ou simplesmente dar um basta. Eu uso o ponto. "Ah meu bem você está todo amarrotado!" respondo... "Não, não estou."... E não venha me dizer que foi rude. Ora pois, rude tudo pode vir a ser. Tudo é rude em potencial. E assim como as palavras, o ponto, é final. Não volta atrás.



sexta-feira, 23 de janeiro de 2004

"Ilusão"

A roda do carro gira pro lado contrário. A descaga também. Depende do emisfério. Têm pessoas que pensam diferentes. Mas todos querem a mesma coisa. O bem. O seu bem pra ser mais exato. O meu bem pode ser o mal de alguém. E vice-versa. O meu bem pode ser falso. O teu bem pode ser falso. O que um dia me contaram foi verdadeiro. Não é mais. Um dia pode ter importado. Hoje, já não importa mais. O tempo passa. A verdade vira mentira. A mentira, de tanto ser contada se torna verdade. Mais uma estrela é descoberta. Outro perdão foi concebido. Outra lágrima escorreu. E o 'tic-tac' que eu ouço não é bala. Quando fiquei esperando, o tempo não parou. Hoje que estou com pressa, ele vem lá atrás. De birra comigo. Quem mandou fazer mal uso do que tinha? Foi ilusão minha achar que tinha todo o tempo ao meu dispor. Eu estou a mercê do tempo. E o tempo brinca comigo. Foi ilusão!.. E agora, como castigo, tenho que esperar. Esperar passar a ilusão pra te encontrar. Tu, que antes era apenas anseio e desejo. Hoje és mais. És motivo. O motivo da minha espera.




domingo, 18 de janeiro de 2004

"Dito por não dito..."

Ditados populares. Alguns portadores de grande sabedoria. Porém, pra todo ditado temos nosso 'contraditado'. O que seria o 'contraditado' ? Ora, outro ditado popular, com uma idéia contrária. Se pararmos para pensar, todo ditado tem seu 'contraditado'. Os ditados e contraditados são mais ou menos sempre dois pontos de vista sobre uma situação. A do pessimista e a do otimista. Dessa descoberta, nasceu uma teoria. Sempre quando se fala em otimismo e pessimismo aparce alguém lançando o ditado dos indecisos. "Você sabe como dizem: o pessimista vê o quase vazio. Já o otimista o vê quase cheio". Típico. Mais do que típico. Previsível. Esse ditado nao tem seu contraditado, justamente por assumir os dois lados. É um ditado indeciso. Dá razão aos dois lados, e tira a razão dos dois lados. É difícil não ouvir no mínimo 10 ditos e contraditos populares em um sermão da tia da esquina. Eles estão aí. Mas sabe como é: mais vale um na mão do que dois voando. Porém: Antes só do que mal acompanhado...



quarta-feira, 14 de janeiro de 2004

"Ruim ou Ruim?"
O que leva as pessoas a sempre gostarem do que é ruim e proibido?
Sempre que alguém diz: "não faz!", nós sempre fazemos.
Sempre que alguém diz: "não te quero!", mais nós gostamos dela.
Sempre que alguém diz: "sai daqui!", mais perto nós tentamos ficar.
Sendo que na maioria das vezes essas coisas só vão nos faze mal.
Aí eu me pergunto: "O que realmente é ruim?"
Se fizermos o que não podemos fazer talvez nos faça mal.
Se não fizermos, será ruim por que não tentamos.
Qual sua escolha? Ruim ou ruim?




"Como dizia minha avó: vivendo e aprendendo"

O que há de ser de um pobre coitado!? Enquanto lhe falta sorte lhe sobra o azar! Maldito seja o tal do Murphy! Ou coitado. Talvez ele seja que nem eu. Assim. Coitado. Pois não é disso que nós azarados passamos? A maioria das pessoas que leram as últimas linhas, com certeza estão me julgando. "Olha aí, o cara tem casa comida e roupa lavada e fica reclamando da vida, é um vagabundo". Quando eu vejo alguém que pensa desta forma eu começo a achar que o coitado nessa história deixo de ser eu e passa a ser o tal. Mal sabem esses que assim me julgam que isso tudo não passa de mera perda de tempo. Será que não perceberam que o que realmente importa não se pode pôr no bolso? E muito menos enfiar guela abaixo? O que realmente importa é quão bem nós fazemos aos nossos amigos. Quão bem nós fazemos aos nossos pais. Quão bem nós fazemos a quem nos quer bem. E o mais importante. Quão bem fazemos a nós mesmos. Para isso, muita coisa há de ser feita. Perdoar. Pedir perdão. Abraçar. Falar. Dar a mão. Sinceramente, peço desculpas a quem magoei. E desculpo quem tenha me magoado. Só espero que não vivas tua vida em vão. Espero que eu não viva o que me sobra em vão.




domingo, 11 de janeiro de 2004

"A lembrança é o que nos resta..."

Enquanto a chuva cai lá fora, todos ficam dentro de casa, de saco cheio. Pois é em horas como essa que gente como eu se diverte. O cheiro da chuva com certeza aplica no ambiente um clima de romance e nos faz lembrar, ou pra quem ainda não tirou da cabeça, reforçar o pensamento sobre tal pessoa. O estranho é quando nem ao menos se conhece tal pessoa. Sabe-se o nome, sabe-se como aparenta, porém sabe-se nada. Quem sabe o que ela pensa? Será que ela também pensa em mim? Alguma vez pensou? Sabe-se o que ela gosta de fazer? Será se ela gosta de pensar em mim? Eu gosto de pensar nela. Quem não gosta de pensar em alguém. Agora, caso ela goste de pensar em mim, será se ela irá gostar de não só pensar em mim, como estar comigo? Sinceramente, eu não sei se gostaria. Tomara que sim. Mas, se tudo fosse como pensássemos, ah! Abençoados seriam os dias, glorificadas as noites. Eu gosto de pensar nela...




sexta-feira, 9 de janeiro de 2004

"O erro inerente à dúvida."
A maioria das pessoas pensa que um dia, pela insistência, tudo dá certo. Essa insistência vem da certeza de que se uma vez deu certo, por que não duas? Ou três? Porém há pessoas que mesmo sabendo que não vai dar certo, insistem. Essa insistência vem da dúvida, que, por sua vez, vem do medo de estarem erradas. Esse medo vem da dúvida, que, por sua vez, vai gerar a certeza, a certeza da insistência. E isso tudo vai nos levar a um único ciclo... A dúvida, a certeza, a insistência e , por fim, o erro.
Aí voltamos a dúvida inicial: Será que eu errei?




quarta-feira, 7 de janeiro de 2004

"Puramente platônico"

Alguém aí acredita em destino? Coincidências? Você já se perguntou se as coisas acontecem por acaso ou se tem um propósito? Muita gente acha que é perda de tempo pensar nisso... Porém é justamente a "perda de tempo" que está em jogo.
Suponhamos que as coisas aconteçam por acaso. Então tudo se justifica. "Foi por acaso". "Só uma coincidência". Nós não perdemos muito tempo pensando sobre o assunto. A solução é simples, e o culpado é um só: o acaso. Porém se pensarmos bem, o acaso é o caos. Afinal, as coisas acontecem simplesmente por acontecer.
Do outro lado temos o destino... Crendo que o destino realmente existe e que as coisas têm motivos para acontecer, toda e qualquer ação sem reação é perda de tempo. Se você conheceu alguém que estava predestinado a conhecer e nada fez, você perdeu não só seu tempo como você perdeu parte de sua história, ou simplesmente abriu mão.
Justamente por sermos humanos, não sabemos a resposta para tal dilema. Se soubessemos facilitariamos e muito as nossas decisões.

O pessimista: trabalho duro e muito a perder.
Já o otimista: quanto maior o esforço maior a recompensa.



domingo, 4 de janeiro de 2004

"Cuidado com o vácuo"

Até que ponto alguém se faz necessário em nossas vidas? Você até pode pensar "Poxa que cara frio". Mas a questão não é julgar quem não faz falta... e sim quem faz mais falta... Tem aquela pessoa para a qual você gosta de desabafar... de vez em quando você nem ao menos gosta de conversar muito com essa pessoa... ela é apenas uma boa ouvidora... Tem aquela que dá bons conselhos, tenta ajudar, porém é adepta daquela frase "fraça o que eu digo, não faça o que eu faço", o que não ajuda muito... 50% do conselho é o exemplo... senão a fonte perde credibilidade... Tem também aquela pessoa que você não gosta de conversar... porém de ouvir... Tem a acolhedora, a amiga... tem a que faz falta... Não a que você só sente falta na hora em que precisa de alguém pra ouvir... pra aconselhar... pra falar... ou seja o que for. E sim aquela que quando não está com você, você sente o espaço ocupado pelo ar... Triste é quando nós percebemos quem é essa pessoa, e fica tarde demais pra dizer isto pra ela... Mais triste ainda é quem nem ao menos teve essa pessoa... Feliz é quem sabe.





"O Meio"

Acabo de me pegar pensando...
Por que estamos aqui? Quem nos trouxe aqui?
Por que fazemos tanta questão de buscar sempre mais se isso tudo um dia vai acabar?
Por que não arriscar se com certeza isso também vai acabar...
Talvez termine antes do esperado, ou depois...
Talvez o fim não fosse o esperado...
Mas ele sempre chega... Cedo ou tarde..
É difícil aceitar o fim, assim como eh fácil aproveitar o começo.
Mas e o meio? Por que ninguém nunca fala sobre ele?
Será tão insignificante assim o que vivemos entre o início e o fim?
Será que só esses dois momentos é que nos marcam?
Com certeza, não...
Então por que não aproveitar o meio?
Por que é difícil comecar?
Pelo medo do fim? Talvez...
Qual é o seu motivo? Talvez não tenha um motivo?
Por que viver algo sem uma motivação? Será que é por que foi assim que alguém quis?
Ou foi por que foi assim que nós quisemos? Talvez...
E por que tantas dúvidas? Alias.. Para que um motivo?
Não podemos simplismente viver? Isso vai acabar mesmo...
Ah! Sim... o meio, por que mesmo é que não damos tanto valor a ele?
Não sei... Talvez não tenha um motivo real para isso...
Sem ele o que seria do início e do fim?
Sem ele não teriamos um motivo pra comecar... e, com certeza, sem ele não teríamos por que terminar...




sábado, 3 de janeiro de 2004

"Meditabundeando..."

Hoje, dando uma lida no dicionário, encontrei uma palavra que muito me initrigou... Meditabundo: adj. Que medita. Meditativo. Pensativo. Pois bem, meditabundo permaneci. Confesso que me senti melindrado por nunca nenhum professor ter demonstrado a vontade de me mostrar tais palavras.Palavras como 'macaio'... a pouca difundida 'miiologia'... tão flexíveis quanto o miraculoso líquido extraído da maniçoba... Meditabundo, continuei lendo. Tantas palavras meticulosamente colocadas para quem as quiser desvendar. Meditabundo fiquei... Meditabundeando...





"Cópia? Não, eu chamaria de nova tentativa"

O que temos em mente agora? Algo novo? Algo velho? Algo q nao foi nosso?
Com certeza.... Se você tem algo novo em mente parabéns!
Você simplesmente só está tentando realizar o que muitos já tentaram, e muitas vezes conseguiram, porém se perdeu no tempo...
Então quando achar que está inventando algo novo... saiba q alguém já o fez...
Porém se te disserem que estás copiando diga que o que estas fazendo é trazer de volta o que já aconteceu algum dia.
E isso não é bom? As vezes sim...
Mas não se deixe levar por coisas que já aconteceram, pois você se prenderá ao que você, ou outros, já foram.
Planeje coisas novas ou aperfeiçoe coisas ultrapassadas para não ficar para trás e deixar de ser você mesmo.





"Realidade..."

Bem... como meu amigo felipe já disse, sonho que se sonha com alguém é realidade... bem estou na equipe agora pra tornar esse sonho realidade.




"Diagnóstico: Nostalgia"

Saudade, tristeza, melancolia. Que fardo trazem essas pobres letras unidas. Sim, unidas, pois separadas não passam de letras. Juntas, são nostalgia. Saudade da infância, do tempo sem compromisso, onde errar era aceito. Nada realmente levado em consideração. Me pergunto se era exatamente pelo descaso que as melhores lembranças vêm da infância. Será? Logo depois que a saudade bate, recordamos quão feliz éramos. Muito mais felizes do que no dia de hoje. É aí que o segundo sintoma aparece: a Tristeza. Ah! Que saudade de quando eu tinha meus oito anos... Brincar, brincar. As únicas palavras que realmente faziam sentido pra mim... Fico triste só de lembrar... Depois da saudade chamar a tristeza... de intrometida chega a tal da melancolia... Não quis ficar de fora... Mas também... Nem pode, não é? Senão o que seria da nostalgia sem o extremo da tristeza, que por sua vez nasceu da saudade... Agora só o que posso fazer é recordar... Ou tentar esquecer... Eu era feliz e não sabia...



"Game Over"

Nada mais importa. Tudo está perdido. Será? Será que tudo tem que ter esse fim? Às vezes dá vontade de viver em um jogo de video game. Seria tudo mais simples! Realize: você está em uma festa, com uma garota extremamente bonita que lhe interessa muito, e você comete uma gafe imperdoável, seja ela qual for... Reset! Pronto, carrega a gravação e parte pra outra! Que facilidade! Outra: você vai jantar na casa do seu chefe, porém antes você resolveu parar em um buteco para fazer uma boquinha pois ouvira que a comida da casa dele era horrível. Pena, por que você comeu repolho e ovo cozido, seu prato favorito. Pra que? Foi um festival de gases... Reset neles! Carrega o jogo e... tudo de novo! Porém, a vida não é assim. Nós não temos como refazer as besteiras que cometemos. Muito menos ficarmos nos lamentando. Acorda! O tempo não pára! Tome uma atitude! Descubra o número da garota e ligue pra ela... Peça desculpas para seu chefe e ria da situação! Só não fique parado aí... Se você tem algo pendente agora, pare de ler isto e pense em como resolver sua situação... Pois enquanto você fica aí o tempo passa e as opiniões vão se formando... você queira ou não.




"Adeus ano velho, feliz ano novo"

Pois é! Mais um ano que se vai... Lá vêm todos os dias de novo a passar... Contaremos todos outra vez... os "Primeiros" os "Doze" e por que não os "Trinta e Um"... Mas são só números... São todos iguais... Pois todos não têm 24 horas? Parte iluminada diretamente pelo sol... Parte refletida pela lua... E na rua... Nua... A vida passa, sem esperar... Não importam quantos anos já se passaram... Não importam quantos anos estão por vir... Importa é o segundo de agora... e o de agora... e o de agora... Tanto faz se é o ano de 2003 depois de Cristo... 2004... 2005... 2010! De que adianta se o momento que eu vivo é agora... agora... e agora!? Faça por merecer o segundo de agora... O tempo é um bem irrecuperável... Não se vive o dia "Dois de Janeiro de 2004" duas vezes... eu acho...



"Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Sonho que se sonha junto é realidade"

Bom pensamento pra se começar... Por que? Bom, isso aqui não passa de um sonho, a partir do momento que o único interessado sou eu... Vontade de publicar todas as 'pérolas' que eu já escrevi e até mesmo ouvi nunca faltou... Porém, a partir do momento que interessar a mais alguém, todo meu trabalho terá sido recompensado e não passará a ser somente alguma inspiração, desejo ou seja lá o que for... será real. Tornar-se-a um sonho, sonhado por mim e mais alguém. Quem? Não sei quem... Alguém...

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