segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Agosto de 2005

sábado, 20 de agosto de 2005

A história é a estória de muitos


Por Felipe Tramasoli




Sou inteiramente responsável pelas coisas que acontecem comigo. Agora, se transcender aos limites da razão, dos sentimentos e da minha própria vida, divido a culpa com todos envolvidos.
Os fatos são vasos moldados por várias mãos. Estes vasos ficam dispostos em uma estante, respeitando uma ordem cronológica. Esta estante, é a história.
Se as coisas fossem exatamente como eu desejasse... Ah, se fossem!

Todo mundo teria paciência suficiente pra ler tudo o que escrevi aqui;
o MEU português seria o português CORRETO;
o mundo ia ser mais verde;
eu teria dito desde o ínicio que gostava dela;
ela teria dito desde o ínicio que gostava de mim;
as pessoas parariam para ouvir minha banda;
minha banda teria dinheiro suficiente para se promover e comprar instrumentos, etc e tal;
as pessoas seriam mais merecedoras das dádivas à elas proporcionadas, como o tele-encéfalo altamente desenvolvido e os dois polegares opositores;
as casas seriam de chocolate 'inderretível';
existiria um chafariz de suco de uva na praça Tamandaré;
ninguém ouviria pagode;
ninguém dormiria na rua por falta de abrigo;
a faixa de Gaza só existiria como nome de um livro;
não existiria o modismo;
as mulheres ainda se vestiriam como nos anos 50;
todos teriam seu valor reconhecido;
Renato Russo estaria vivo;
minha vó estaria viva;
eu teria conhecido meu vô;
meus pais morreriam no mesmo dia que eu;
todo mundo saberia a diferença entre: branco, preto e as cores;
ninguém chamaria de "vara" o arco do violino;
saber-se-ia ouvir e falar;
os incas, maias e astecas, assim como todas raças dizimadas, ainda existiriam;
Bomba não passaria de nome de doce;
avião não cairia;
carros e motos não derrapariam;
eu saberia dirigir, tanto moto quanto carro;
minha bicicleta ainda estaria comigo;
meus brinquedos de infância ainda estariam comigo;
livros seriam mais consumidos do que programas de TV;
eu seria um Jedi;
meus amigos também seriam Jedi's;
Jedi's poderiam se casar;
eu nunca teria rodado de ano;
sorvete não derreteria;
meus cachorros viveriam pra sempre;
todo peido seria inodoro;
café não deixaria os dentes amarelos;
ninguém precisaria usar um dicionário;
todo mundo entenderia as letras do Renato Russo e do Humberto Gessinger;
a vontade não de ir ao banheiro não aumentaria de acordo com a proximidade do "trono";
político não seria corrupto;
não existiria corrupção;
Rio Grande teria o reconhecimento merecido;
os cidadãos rio-grandinos dariam o valor merecido a Rio Grande;
cacetinho seria cacetinho em todos os cantos do mundo;
queijo não federia;
McDonalds não existiria;
Hitler seria "salsicha" em alemão;
as pessoas dariam valor ao Samba, à Bossa Nova, ao Chorinho, etc;
teríamos "música" e "filosofia" como matérias obrigatórias desde o Ensino Fundamental;
os termos científicos seriam nomes de celebridades;
a existência(ou não) de Deus seria um fato concreto e de conhecimento geral;
saberíamos amar;
a conexão mais lenta seria de 8GB/s;
meu nariz seria menor;
Rogério Skylab faria um show em Rio Grande;
o Ozzy, Black Sabbath, Led Zeppelin e a Legião também;
não existiria hipocrisia;
primo não trairia primo;
irmão não trairia irmão;
amigo não trairia amigo;
ninguém teria vergonha de falar tudo o que pensa;
ninguém se ofenderia com o que os outros dissessem;
eu e o guilherme trabalhariamos na SQUARESOFT, lá no Japão;
o blog www.cronicasesaudades.weblogger.com.br seria um sucesso;
eu seria jogador de futebol ou astronauta ou desenvolvedor de games ou Cloud Strife (FFVII);
Ragnarök seria gratuito;
Trakinas de morango seria 10 centavos;
facas fariam cócegas em pessoas;
bebês não teriam, todos, cara de joelho;
os copos de vidro, voltariam tal qual uma bola, quando caissem no chão;
as pessoas saberiam o que é "alienação";
e muito mais.


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