Por Guilherme de Moraes Alvarez
Quero ver se escrevo coisas consistentes, pra variar. Cada post falando num assunto novo sem terminar os anteriores me frustra um pouco.
O que significa que eu tenho que ler o Crônicas. Complicado.
De qualquer forma, tem que ser feito, já que decidi fazê-lo. Vou ler posts passados e discorrer mais adequadamente sobre cada assunto. Tem coisas que não merecem ser relembradas, posts que não disseram nada, exageros em geral; mas tem um bocado de coisas que podem nos aproximar um pouco mais do nosso humilde objetivo: felicidade (e o fim dos clichés).
Começando pelo primeiro problema de todos os seres humanos: frustração. É a primeira coisa que acontece e a última coisa que vai acontecer na vida de qualquer um. Devemos estabelecer a importância do fenômeno. A dialética a ser usada por nossa filosofia é a seguinte (se é que isto pode ser chamado de dialética): a ausência do fenômeno estudado leva à extinção do sofrimento? Se leva, parabéns, descobrimos o segredo da felicidade. Se não leva, passamos para o próximo passo: o fenômeno pode sozinho causar sofrimento? E por aí vai. Não vou explicar o método até o fim. Para que serviria um filósofo se seu método de pensamento fosse facilmente replicável? E você vai entender a medida que o raciocínio é montado.
Sempre que pensadores se debruçam sobre uma questão alguém pergunta: mas o que é tal coisa (o que é frustração)? Em seguida eles discutem e discutem até chegar numa definição perfeita da coisa que não serve para nada. Conceituar frustração não nos tem nenhum valor. Devemos trabalhar com os padrões de linguagem e com as definições corriqueiras, a primeira coisa que vem na mente. Se não o fizermos, criaremos uma filosofia que resolverá os problemas de um ser impecavelmente conceituado que não existe.
Frustração então não é uma palavra mágica que invoca significados universais. Frustração é perder o emprego, ver cancelado um programa com os amigos, perder uma partida de xadrez, perder o ônibus. Está sempre conectado com uma expectativa (que é o sujeito passivo das orações: a expectativa de subir no ônibus na hora certa foi frustrada).
Tudo isso nos leva à melhor parte. Pense comigo: nenhuma frustração significa nenhum sofrimento?
Pense bem.
Comente aqui. Eu quero saber o que você descobriu.
6 comentários:
foi pra mim esse?
claro q nao. ausência de sofrimento é satisfação de expectativas. não ausência delas.
todo o resto é auto-enganação, que às vezes funciona.
podemos discorrer sobre esse assunto tomando uma cerveja??
eheheh
o findi ta ae!
nenhum frustação = nenhuma expectativa
Sentir dor é sofrer e no entanto não é uma frustração.Logo nenhuma frustração não significa nenhum sofrimento.
Não tem frustração quem nada tem, pois nada tem a perder.
Aprender sobre si mesmo é esquecer-se de si mesmo.
Desapegar de tudo, de todas as coisas, de todas as pessoas, de pensamentos e de si mesmo pode ser o segredo da felicidade.
Um abraço!!
o inferno são os outros
Eu me sentia ansioso e frustrado com as pessoas, agora quando me frusto, o que sempre acontece, não fico mais ansioso, mas fico feliz porque a frustração já se tornou esperada, concordo que o sofrimento vem das pessoas, acho que as pessoas não sabem lidar bem com a responsabilidade de saber lidar com as coisas que prometem... E isso é a principal frustração que causa infelicidade. você se frustra se seu time perde, mas não se torna realmente infeliz com isso, mas se aguem te frusta, é como se te machucasse por dentro. (ta ficou longo, mas acho que era isso a idéia).
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