segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Maio de 2005

quinta-feira, 26 de maio de 2005

Esqueça o título e leia
Por Guilherme Alvarez

Quando percebi que além do pão não provaria aquele dia, e talvez não no dia seguinte também, eu fui despedaçado, como um espelho mostrando a verdade que eu deveria esconder à todo custo. Logo tudo girava. Então eu precisava fazer alguma coisa. Alguma coisa eu precisava fazer rapidamente, ou eu começaria a pensar. Pensar já não era muito bom. Logo nada seria bom. Então eu corri.

Corri como eu sempre corria, mas dessa vez era para fugir, para deixar que a minha interminável irracionalidade voasse para outros tempos, e deixasse em paz o que restava do meu desespero. Então finalmente me esvaziei de pensamentos. Finalmente fui livre, por míseros instantes, quase uma hora. Quando cheguei ao ponto em que deveria retornar, dobrei à direita e continuei correndo. Quando decidi que iria retornar, já deveria ter parado. Entretanto, não podia, pois nada por mim passava, sequer um único pensamento. Quando cheguei em casa, alonguei meus músculos e tendões até eles pedirem perdão por terem me levado tão longe. Se doía, eu não sei. Talvez doesse.

Mas não era perdão que eu queria. Eu só queria uma garantia. Eu quero extamente o que nunca posso ter. Eu só quero que eles me levem mais longe na próxima vez. Na próxima vez, não será um ou dois dias. E o desespero retorna...


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terça-feira, 24 de maio de 2005

Poema que trata de como o egoísmo é ruim, bem difícil de entender
Por Guilherme Alvarez

Se arte é pela arte
Vivemos só em parte
Parte de mim, parte de ti
Como um só que nunca vi.

Nunca vi e não tem fim
O meu temor carmim
Que perde valor em si
E vive mesmo só aqui.

Em parte pela arte
Carmim que não tem fim
Que vi só mesmo em ti

Se arte é pela arte
Que perde valor em si
Carmim que não tem fim


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segunda-feira, 2 de maio de 2005

Sem Palavras
Por Guilherme Alvarez

Na imprecisão que agora sinto
Palavras não posso encontrar
Sem palavras no meu caminho
Sinto faltasse o próprio ar

Sem ar, viver não posso
Sem palavras, viver não devo
Meu povo não tem desejo
De ler aquilo que é nosso

E o que tem
Semana que vem
Não sei também

Se tinha a gente, liberdade
Nunca usada foi
Pra rimar eu digo boi
Pois me faltou a faculdade

Mas semana que vem
Tudo anda bem
E peço a quem vem
Que me entenda também


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Aula de Sociologia
Por Guilherme Alvarez

Morte e vida nesta roupa encardida
Que se diga que se viva sem saída
Por que penso só dispenso um agrado
O que penso, o que sinto ao teu lado

Morte e vida, sem saída
Numa roupa encardida

Só encontro, não escondo
O que já foi achado

Morte e vida, sem saída
Numa roupa encardida

Perdi a inspiração


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Civil
Por Guilherme Alvarez

Sou civil
Neste ambiente vil
E a turma do funil
Bebida não me deu

Mas prometeu
E não entendeu
Que eu não bebia

Mas bebi
Sozinho e não senti
Que morri
Sim, eu sobrevivi
Continuei civil

Neste covil
Por demais vil
Eu e o funil


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Ai mãe
Por Guilherme Alvarez

Ai minha mãe
Por que fui inventar
De sozinho morar?

Por que fui vender
Minha alma ao prazer?

Por que fui permitir
À liberdade sorrir?

Ai minha mãe

VOu voltar, Vou voltar
Só aí é meu lar


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