quinta-feira, 19 de abril de 2007
Acontece comigo.
Por Guilherme Alvarez
Então é isso. Somos um emaranhado de instintos tentando acontecer, sobrepostos por uma razão, que tenta ordenar estes instintos em função do futuro.
Não podia ser mais simples.
E mais complicado.
Se você já viu com o que estas conclusões se parecem, parabéns. Você merece uma coca-cola.
Sim, é Freud. Os instintos são o ID. A tal razão que tenta ordenar tudo é o Superego. E a consciência disso tudo é o Ego. Mas só aproveito o início. Essas três partes. O resto é meu. Até eu estudar Freud melhor e descobrir que ele já tinha dito tudo que coloco aqui.
Chega de parágrafos curtinhos.
Tudo isto é muito bonito, mas nunca resolveu a vida de ninguém. Infelizmente, conhecer o campo de batalha não garante a vitória. É um passo indispensável, entretanto. Mas como isso muda nossas vidas?
Falei que não haveria mais parágrafos curtinhos. Menti.
Conhecer o processo como um todo, fundamental é. Não temos o que fazer com a mera conjuntura (palavra engraçada) das coisas. Temos de conhecer o que acontece. Pra isto meditei. Cá minhas conclusões iniciais.
Tudo que fazemos vem do Id. Tudo. Isto é fácil de ver. Nosso instinto de sobrevivência está acima de qualquer coisa (normalmente). Quando entramos nas Casas Bahia pra comprar uma lavadora de roupas (daquelas bem fortes, e tem que ter os dentes bons), estamos cumprindo ordens do Id. Todos os confortos do mundo são uma forma de satisfazer diversos instintos profundos. A felicidade em si, ou a vontade de ser feliz, é um instinto. Fortíssimo, diga-se.
Mas isto não é suficiente. O Id é uma formação neurológica antiga, pouco alterada desde os primeiros vertebrados. Foi a primeira coisa que surgiu quando os animais desenvolveram encéfalo. O nosso Id é incrivelmente poderoso. Só tem um defeito. Não conhece futuro. O Id conhece o passado, sim. Quando nos traumatizamos, o Id é reescrito, por exemplo. Ele é especialmente voltado para o presente. Agora. Mas nada de futuro. Nadinha.
Nossos instintos são excepcionais para nos dizer o que precisamos agora. Para isto que eles existem. O Id, entretanto, não tem noção do que vamos precisar. Para todos os efeitos, o que vamos precisar é o que precisamos. Mas nisso nos enganamos, ou enganávamos. Por alguma razão, acabamos precisando entender o futuro. Para isso nasceu o Superego. E não só isso. O Superego tomou para si a tarefa de organizar e vetar os instintos. E o faz muito bem, ao contrário do que eu pensava.
Sempre, em nossa longa evolução, precisamos comer. Somos homeotérmicos e isto requer uma montanha de energia. Quando encontrávamos comida, comiamos tudo. Claro! Não sabiamos quando comeriamos de novo. Era complicado. Todavia (já que já usei entretanto), com o passar das gerações, aprendemos a acumular alimentos. Hoje temos alimentos de sobra, sempre. Não precisamos comer tudo. Podemos comer pouco, baseados em outros princípios. O Id não entende isto. Para o Id, cada refeição é a última. O Superego, então, tenta controlar nossas refeições. Alguns de nós têm problemas com isso (eu mesmo estou com uma barriguinha complicada de perder). É só um exemplo.
Quando o Superego concorda com o Id (o que acontece na maior parte das vezes) fazemos as coisas de ofício. Quando discorda, fica pro Ego decidir. É um baita drama.
O Superego não faz simplismente a censura do Id, ele também organiza os instintos em tarefas. Geralmente um instinto gera muitas tarefas. E além disso, os instintos têm uma ordem de importância que o Id mesmo ignora. O instinto de sobreviver é superior e gerador do de comer, mas comer demais pode pôr a vida em risco. O Superego faz este tipo de julgamento.
Bem, acho que por hoje está ótimo. Mais tarde direi se Freud concorda comigo e elaborarei a questão.
Como é que se diz? Fiquem ligados.
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quarta-feira, 18 de abril de 2007
Acontece comigo.
Por Guilherme Alvarez
Problemas, sempre.
A máquina parou de funcionar.
Mas voltou, sem explicação.
De um amigo meu.
O que fizesse? - perguntei.
Nada, cara. - respondeu - Nada mesmo.
É incrivel, não é? - prossegui... Sempre acontece comigo. É o caos. Ou a Força. Não sei.
Mas é incrível.
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quarta-feira, 11 de abril de 2007
Agora sim, um poema
Por Guilherme Alvarez
Este poema é de uma autora que não sou eu.
Ah claro!
A saudade
Sempre lá
E aqui
Por toda parte
A saudade
Muito bom! (agora fui eu)
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segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Abril de 2007
às 17:37
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