segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Julho de 2007

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Falta fé (ainda bem).

Por Guilherme Alvarez

Leia na ordem certa. De baixo para cima.


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Falta fé (ainda bem).

Por Guilherme Alvarez

O que mais me impressiona na estória do Harry Potter é como os personagens são unidos. Todos eles.

Por que somos todos tão distantes uns dos outros?

Essa é a parte que mais me incomoda. Não é a magia, nem as aventuras, nem as criaturas fantásticas. Eu sempre estive em contato com estas coisas em outras literaturas (embora nenhuma tivesse a gigantesca qualidade desta), e nunca senti falta de ser um jedi ou um mago (o mestre dos magos).

No mundo que não existe de Harry Potter (o que não significa que é menos importante) as pessoas se importam umas com as outras, e demonstram isso. As pessoas não são inocentes, ingênuas. Se amam. Isso dá uma incrível sensação de conforto ao ler. Hoje somos tão centralizados, absortos em nossos próprios problemas. Não percebemos como tudo isso é insignificante. Não quero soar pedante, nem rimar.

É isso. Tudo é tão distante. Todos com medo de se magoar, porque são muito intolerantes. Cavamos nossas próprias cavernas, nos isolamos por conta própria, e depois reclamamos disso. Um abismo.

Eu tenho uma amiga que não está sempre de bom humor. Quando ela está de bom humor, ela aproveita ao máximo, sem medo de se envolver com as pessoas e se decepcionar com elas depois. Talvez isso seja o início.

Precisamos mais uns dos outros.


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Falta fé (ainda bem).

Por Guilherme Alvarez

Eu estou mais do que convencido, agora, que ninguém lê isso aqui.
Tudo bem. Eu não me importo de cair no esquecimento. Parece que tanto faz.

O que estou quase por escrever é, e portanto parece, estúpido. Um mero questionamento sobre a existência que é por si um contra-senso (não sei escrever esta última palavra).

Eu tenho dúvidas. Muitas vezes imagino se apenas eu tenho dúvidas. Sei que não, mas parece que sim. Parece que eu tenho sempre mais dúvidas. Sempre achei que isto era bom. Um sinal de minha humildade, de minha busca por auto-conhecimento, por evolução. Não sei mais.

Qual a utilidade de ter dúvidas, se empobrecem minha alma, meu estado de espírito?

Qual a utilidade da vida, afinal?

Bom, claro que a vida serve a nenhum propósito. Isto é pacífico. Todos sabemos disso, embora muitos neguemos. É a conclusão mais difícil que eu cheguei em minha vida, mas não há como escapar dela. A vida é um inevitável processo de organização e reprodução. Acontece porque tem que acontecer, como a água no fogão tem que ferver. Não vou insistir, pois é evidente e natural. Fugir dos fatos é pior que ser cego.

Mas não é isso que me tortura.

Obs. Eu terminei de ler o último Harry Potter hoje.


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