segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Dezembro de 2006

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

A Culpa é do "João Ninguém"

Por Patrick Melo

Pirataria é crime, isto é fato. Mas quem incentiva mais este crime? As pessoas que não param de comprar produtos piratas, os comerciantes que trazem este tipo de mercadorias para o país ou o governo que, com sua alta carga tributária, eleva os preços dos produtos forçando a população a optar pelo comércio informal?

As pessoas sentem tanta necessidade de comprar produtos importados quanto de assistir televisão. Seria mais fácil se elas procurassem por produtos do mercado interno, que são mais baratos, pois não possuem tributos de importação e não por que são de qualidade inferior.

O governo tem melhorado as políticas de importação de mercadorias, mas ela sempre esbarra na mesma coisa: taxas tributárias altas e burocracia. Por que os CDs são tão caros se o custo de produção não é tão elevado?

Nosso planalto está fazendo a sua parte combatendo a pirataria. Os comerciantes vendem produtos piratas por que os impostos são muito altos. A população compra "pirataria" por que é caro comprar produtos "de marca". No final das contas a culpa não é de ninguém, mesmo sendo de todos.


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segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

A Santíssima Tartaruga

Por Guilherme Alvarez


O texto ainda será revisado.
Somente a primeira parte no crônicas.
Procedo coloquialmente.

O Legado da Tartaruga
Livro I - A Jornada da Garrafa Pet


Prólogo

Dois rapazes (não pense bobagens) numa noite quente de verão. Nada contra noites de inverno ou garotas. É que foi assim mesmo que aconteceu. Qualquer besteira passava por suas cabeças. Não era nada sequer interessante, mas por algum motivo; talvez uma forte consciência interior que buscava iluminação, talvez uma gastrite; eles tiveram uma idéia. Idéias são frequêntes. Boas idéias, nem tanto. Esta se diferenciava, não pela qualidade, mas porque vinha acompanhada de uma forte vontade de cumpri-la, por alguma razão.

Em Rio Grande, RS, há um balneário, o balneário Cassino. O nome vem de um cassino (vejam só) que havia lá. Era um lugar bastante badalado. As pessoas vinham de vários lugares gastar suas mesadas e fortunas em jogos que sabiam que não podiam ganhar, mas tinham uma esperança. Veja como são as coisas. Rio Grande tem também um porto. Quando os navios atracavam no porto, os trabalhadores e tripulantes do navio iam para o cassino, e para bordeis. Os bordeis ainda estão lá. Entretanto, em meados dos anos sessenta, os jogos foram proibidos e o cassino foi fechado. Ficou o nome.

A praia do Cassino é o ecossistema aquático costeiro mais extenso do mundo. É a maior praia na prática. Dizem que não, pois ela é políticamente dividida em outras praias. A dezoito quilômetros de distância do baleário, ao sul, pela praia, há um navio encalhado.

O navio está lá há décadas. Não sei se estavam todos embriagados ou dormindo. Sei que encalharam. Uma tragédia. talvez meu tom fique um pouco rude agora. Estou reescrevendo o que segue. Perdi o texto original num erro do computador. Isto me irritou bastante. O navio tornou-se um ponto turístico. Talvez eu explique mais tarde. Se eu der uma pesquisada.

Dezoito quilômetros é uma caminhada considerável. Talvez por isso os dois jovens sentiram-se tão fascinados com a idéia. Ida e volta. Trinta e seis quilômetros. Eles decidiram fazê-lo, no outro dia.

Logo pela manhã, os dois se encontraram na casa de um deles, após gordos cafés-da-manhã, e seguiram para o balneário Cassino. Caminharam os três quilômetros até o balneário. Caminharam o quilômetro e meio até a praia, através do balneário, e por fim chegaram à estátua de Iemanjá.

A estátua de Iemanjá é o ponto de encontro para a festa que ocorre todos os anos, quando inúmeros presentes são oferecidos à divindade. Pessoas de muitos lugares do estado do Rio Grande do Sul, e de outros estados, vão celebrar na cidade. As oferendas são postas no mar, algumas com barquinhos.

Após passarem a estátua e entrarem na praia, os rapazes endireitaram-se e iniciaram a longa caminhada. Permaneceram de tênis, a fim de conservar o conforto. A praia estava pouco movimentada. Alguns carros estacionados, poucas pessoas na água.

O Cassino tem uma avenida perpendicular à praia, ao contrário da tendência mundial. Dizem que isso se deu em virtude dos fortes ventos que assolam a praia (embora esses mesmos ventos não assustem os banhistas). Os carros transitam na própria praia. A areia é dura em toda extensão. Rio Grande é inteiramente coberta por incompetência administrativa, ao longo de 200 anos. É quase surreal. Tudo foi mal planejado desde o primeiro instante, e continua sendo. Apareça por lá.

A manhã oferece não apenas tranquilidade para quem for à praia, mas também uma água geladinha. Entretando, depois de um tempo na água, a pessoa tende a se acostumar com a temperatura. Fica mais difícil de sair. De tênis, não dá muita vontade de entrar na água. Os jovens errantes apenas observavam enquanto caminhavam em direção ao sul.

O primeiro quilômetro passou sem problemas, havia vários carros e pessoas ainda. O segundo quilômetro viu uma diminuição na quantidade de pessoas.

Os jovens perceberam que havia uma determinada quantidade de lixo na praia. O lixo é um subproduto da nossa atual forma de viver. Ele tem lugar certo, entretanto. Jogar lixo na praia parece descender da idéia de imensidão inabalável que não se importa com apenas uma garrafa pet. Assim acumulamos lixo em nossas vidas. Garrafas pet eram dominantes. Havia muitas. Depois de quatro quilômentros de caminhada, elas pareciam estar em todo lugar.

Nem mesmo as infames garrafas de cerveja atrapalhavam. Claro! Garrafas de cerveja valem quando retornadas. Além disso, elas são duras e pesadas, há um sentimento mais forte de preservação quando se guarda uma para retornar. Parece que vai poluir demais.

Adiante na caminhada, o sexto e o sétimo quilômetros encontraram até algumas inteiras garrafas pet. Os jovens já estavam se curvando em zombaria, como se fossem dominados pela estranha presença.

Ao se aproximarem de oito quilômetros de caminhada, tentaram ver o navio encalhado. Dizem que o navio é visível à dez quilômetros de distância. Procuraram, então, pela forma do navio. Não encontraram. Havia uma forma no orizonte, mas não se parecia com um navio. Isso foi inesperado. A forma era espessa, larga, e afuniláva-se em curvas para dentro. Uma extremidade era do tamanho do corpo, com um cilindro, e a outra era uma terminação abrupta e reta do afunilamento. Uma aparência estranha.

Em uma tentativa de entender aquilo, os jovens se entreolharam e permaneceram quietos enquanto caminhavam. Um instante infinitesimal foi necessário, apenas. A descoberta foi surpreendente no início, mas logo se tornou natural. A voz saiu surpresa mesmo assim:

-"Cara, é uma garrafa pet."


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sábado, 2 de dezembro de 2006

Perneto

Por Guilherme Alvarez


Não odeio o parnasianismo
Nem idolatro o modernismo
Tenho meu próprio estilo
Que rima quando é possível

Muita coisa me assusta
Como dizer "para" ao invés de "pra"
Que economiza toda uma letra "a"

Muita coisa me irrita
Mas eu deixo pra lá
Não cabe eu me estressar

Há uma coisa que eu não aguento
Embora pareça e eu entendo
O que eu não gosto mesmo
É que pensem que escrevo sem sentimento

Viva a aliteração!


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Saudades...

Por Diego Ferraz


Espirituosidade.. que procura uma paixao.. transcende o vazio da alma que o sentimento espatifado entre os dedos.. faz sentir a dor do fim... e perante os olhos a prova da negacao do questionamento que até hoje.. martela no inconsciente desses olhos castanhos.. que mesmo marejados enxergam dentro de si mesmo.. e vêem a podridão pura e simples .. da tristeza corroendo seus pensamentos e destruindo suas esperanças q a muito tempo c transformaram em distância!


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